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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ÍNDIOS, PORTUGUESES E NEGROS CONSTRUIRAM A CIDADE DE LAURO DE FREITAS

Lauro de Freitas está a 22 km de Salvador. Sua história se confunde com os primeiros anos de colonização do Brasil. Sua denominação inicial era arraial de Santo Amaro de Ipitanga, que se localizava no denominado Morro dos Pirambás, que abrigava aldeias indígenas, engenhos de açúcar e a presença de vários grupos (etnias) africanos. Em 1552, Garcia d`Ávila recebeu sesmarias no litoral baiano dadas por Tomé de Souza, então primeiro governador-geral da colônia. Seis anos mais tarde, por influência da família D`Ávila, foi instalada a missão Jesuítica de Santo Amaro de Ipitanga.  É deste período a construção da Igreja Matriz de Santo Amaro de Ipitanga (1608), a edificação mais importante da cidade que atesta a antiguidade da localidade. Ainda no período colonial, formou-se mais um povoado às margens do Rio Joanes, no cruzamento com a rota dos tropeiros que se dirigiam ao litoral norte, no qual se fixaram também alguns pescadores que se fixaram na Praia de Buraquinho (Fox do Rio Joanes) o seu local de trabalho.

Após um longo período de imobilidade econômica , ocasionado pela abolição da escravatura e pelo desuso do modelo econômico colonial de organização social, ocorreram na década de 1940, um novo impulso com a construção da Base Aérea, em função da Segunda Guerra Mundial. Daí surge a ligação com o centro de Salvador, o que passa a ser o principal fator para o desenvolvimento do território que constitui hoje o Município. Neste período houve a expansão da sede, em torno da Igreja Matriz e formaram-se outros pequenos povoados, em função das demandas diretas da construção e manutenção da Base Aérea.

Em 1880 o povoado de Santo Amaro de Ipitanga passou a ser Distrito de Montenegro, atual Camaçari. Voltou a pertencer a Salvador, de 1932 a 1962, quando em 31 de julho de 1962, foi transformada em Município de Lauro de Freitas, por indicação do vereador Paulo Moreira de Souza. A cidade com este nome prestou uma homenagem ao engenheiro e político baiano Lauro Farani de Freitas, falecido em acidente aéreo em 1950, quando concorria ao governo do Estado da Bahia.

Expansão e Turismo

Atualmente o Município passa por grande processo de crescimento, especialmente com a criação de várias lojas comerciais, especialmente de produtos eletro-eletrônico e eletro-doméstico, grandes redes de supermercados, instalação de faculdades e extensiva criação de empreendimentos imobiliário para classe média, notadamente na Estrada do Coco, e também de casas e apartamentos populares.

Para incrementação da atividade turística em Lauro de Freitas existem muitos locais aprazíveis, especialmente suas belas praias, excelentes para banho de mar, práticas esportivas aquáticos, surf, windsurfe, mergulho, pesca e outros.


Praias


Entre as principais praias estão: Ipitanga, com ciclovia, barracas padronizadas, restaurantes, pousadas e hotéis, que oferece aos turistas e ao povo da terra deliciosos petísticos de botequim, além de saborosos pratos da culinária baiana a base de leite de coco e azeite de dendê.

Buraquinho, oferece banho de mar e de rio. A praia dispõe de ciclovia e belas barracas padronizadas. São alugados caíque no verão e ir até a foz do rio Joanes, tradicional porto de jangadas e pescadores, cercada por fazendas e coqueirais, que realça a beleza da paisagem natural. Vale ressaltar, que em 1962, em Buraquinho foi filmado Barravento, primeiro longa metragem do cineasta baiano Glauber Rocha.

No Município freqüentemente são realizadas competições esportivas de skateboard, patins, corridas no Kártodromo Ayrton Senna, hipismo, no Equus Clube do Cavalo  e outras práticas que atraem turistas de vários recantos do Brasil e exterior. 

Centro Histórico

Embora Lauro de Freitas, antiga Santo Amaro de Ipitanga, seja uma das localidades mais antigas do Brasil restam pouquíssimos documentos arquitetônicos que registrem a antiguidade da cidade. O monumento mais importante é a Igreja Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, inaugurada em 1608 e fica na parte alta da cidade. Sua construção começou entre 1577 e 1584, pelos padres jesuítas, provavelmente sobre a orientação do padre José de Anchieta. As feições atuais da igreja vem desde o início do século XVIII.

Um conjunto de azulejos portugueses envolve toda a nave e capela mor, assentados no século XVIII. É patrimônio histórico da Bahia desde a década de 1940. A igreja passou por uma reforma em 1975 e em 2006 foi feita a iluminação cênica da área externa.

Orixás e Inquices

As religiões de matrizes africanas também são tradicionais em Lauro de Freitas. No município existem mais de 365 casas de culto religiosos que reverenciam os orixás (candomblé de Nação Keto), iniquices (Nação Angola) e os cablocos (sessões tipicamente brasileiras que misturam cultos afros com a doutrina espírita kardecista). Uma das casas de culto afro mais tradicionais e conhecidas de Lauro de Freitas é o Terreiro São Jorge da Goméia, fundado pela mameto Mirinha do Portão.  




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