“O Candelabro” é um solo teatral, escrito por Duzinho Nery, com
atuação de Ruth Marinho. A sua temática provoca ao público uma reflexão sobre a
crueldade dos atos de violência, que vitimam milhares de mulheres e revela a
dimensão de aspectos que circundam as vidas de quem está diante desta situação.
A peça se divide em lapsos de memória que marcam a vida de Maria Aurora,
abordando os seus conflitos e o seu sofrimento, mostrando como em uma atitude
transgressora ela consegue ser a sua própria luz, isso de maneira, forte,
tocante, poética e sublime.
Esta montagem é fruto de uma pesquisa do autor, iniciada há 3 anos,
mas que é contínua, pois a cada dia depararam com novos dados e atos de
atrocidades sofridas por mulheres em seus lares e em outros meios. O estudo
teve início com algumas leituras do livro “Sobrevivi posso contar”, escrito por
Maria da Penha Fernandes e publicado em 1994.
O caso de Maria da Penha ganhou repercussão internacional ao ser
denunciado a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA) e o governo
brasileiro sancionou a lei que trata da punição para os casos de violência
doméstica. História que foi uma das inspirações para “O Candelabro”, pois Maria
da Penha compartilha com muita generosidade seu sofrimento ao se perceber
oprimida e violentada.
A partir daí debruçaram também sobre as relações estabelecidas entre o
opressor e o oprimido sob a ótica de Augusto Boal, onde ele ajudou em seus
escritos e na prática teatral a elaborar as estratégias de ruptura de opressão.
O Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia surgida nos anos 60, pretendendo
usar o teatro como ferramenta de trabalho político, social, ético e estético.
Buscando sempre lutar contra todas as formas de opressão, desenvolvendo na sua
luta a favor dos explorados e oprimidos. Um teatro de cunho político,
libertário e transformador. O TO de acordo com o próprio Boal, pretende
transformar o espectador, que assume uma forma passiva diante do teatro
aristotélico, com o recurso da quarta parede, em sujeito atuante, de forma que
o espectador, passa a protagonista e transformador da ação dramática.
Paralelamente, foram realizados levantamentos de dados e
correlacionados com a apreciação de alguns livros e filmes, como “Preciosa -
Uma História de Esperança” (2009), filme do diretor Lee Daniels; “A montanha
cega” (2007), de Mang Shan, longa dirigido por Yang Li; Cairo 678 (2010), do
diretor Mohamed Diab; “Terra Fria” (2006), dirigido por Niki Caro e o livro de
Alice Walker, “A Cor Púrpura” (1982). Todos relatam histórias de vidas
degradantes de mulheres, submetidas a situações inconcebíveis de violência por
esta sociedade ainda machista. Por este tempo de preparação, fizeram visitas em
algumas instituições e conversaram com profissionais que desenvolvem trabalhos
com mulheres vítimas de violência. Tudo isso serviu de suporte para o solo que
traz o candelabro como um signo de busca incessante pela luz, ressignificado na
própria vida “fictícia“ de Maria Aurora.
A estreia do espetáculo da Cia. Távola de Teatro, “O Candelabro”, que tem atuação da atriz Ruth Marinho (Ó pai Ó – 2010/2011), e Direção e Dramaturgia assinadas por Duzinho Nery (Gaiola, O Caçador de Solidão/Paixão de Cristo de Lauro de Freitas), será no dia 11 de novembro, no Cine de Teatro de Lauro de Freitas, com público limitado a 50 pessoas, permanecendo em cartaz todas quartas e quintas-feiras, até o dia 3 de dezembro às 20h. O valor do ingresso R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), classificação 16 anos.
A estreia do espetáculo da Cia. Távola de Teatro, “O Candelabro”, que tem atuação da atriz Ruth Marinho (Ó pai Ó – 2010/2011), e Direção e Dramaturgia assinadas por Duzinho Nery (Gaiola, O Caçador de Solidão/Paixão de Cristo de Lauro de Freitas), será no dia 11 de novembro, no Cine de Teatro de Lauro de Freitas, com público limitado a 50 pessoas, permanecendo em cartaz todas quartas e quintas-feiras, até o dia 3 de dezembro às 20h. O valor do ingresso R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), classificação 16 anos.
Para maiores informações: (71) 98704-3494/99115-4462 – E-mail: tavolacultural@hotmail.com.
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