Agosto a Novembro de 2013
CINE-TEATRO
LAURO DE FREITAS
Sempre às
20 horas | Gratuito
7/8 –
Umbigo (Dejalmir Melo)
21/8 –
70porcento (ou Studying Water) (Neemias Santana) + A Coisa ou a Pessoa (Melissa
Figueiredo)
28/8 –
Soco no Vento (João Perene)
11/9 –
Mistura Brasileira (Gerard Laffuste e Cia. Rodas no Salão)
2/10 –
Anfíbios (Ricardo Alvarenga)
9/10 –
Raimundos (Bruno de Jesus)
13/11 –
Pontes Visíveis (Clara F. Trigo) + Still (Sandra Corradini)
SINOPSES E FICHAS TÉCNICAS
Anfíbios
De:
Ricardo Alvarenga
Origem:
Salvador
Trabalho
de dança contemporânea onde se dá a ver dois corpos – homem e peixe – colocados
em relação, numa experiência de temporalidade e de alteridade que sugere a
percepção do ser vivo como ser vasto, produto e produtor do meio. Habitando
terra e água, “Anfíbios” propõe uma composição de paisagens e estados corporais
que se atualizam em cena, friccionando limites e possibilidades do corpo
biológico/cultural e de suas relações com a natureza e o artifício.
A
criação do espetáculo foi iniciada em 2009 numa residência artística em dança
que durou quatro meses, na Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento, em
Curitiba (PR). Desde então, o processo foi sendo desdobrado e se configurou como
um trabalho no final de 2011.
A
narrativa dramatúrgica, embora esteja estruturada coreograficamente, não tem um
subtexto definido, sendo dada como possibilidade de construção a ser completada
pelas subjetivações do outro. A investigação da movimentação e dos “estados de
corpo” tem como foco a percepção da massa líquida do corpo e o fluxo de
respiração e pulsão, que gera estados de baixo tônus e energia expandida. A
principal base técnica deste trabalho é uma prática de respiração sokushim,
realizada com o sensei de aikido Wilson Sagae, cujos exercícios envolvem a
circulação e o aumento de energia (ki), o desenvolvimento da propriocepção e a
sensibilidade para outros corpos.
Ficha técnica
Criação
e Performance: Ricardo Alvarenga
Técnica
de Som e Luz: Alex Oliveira e Paula Carneiro
Fotografia
de Divulgação: Perruzo
Mistura Brasileira
De: Gerard Laffuste e
Cia. Rodas no Salão
Origem: Salvador
Show
que concilia aspectos tradicionais da nossa cultura com uma visão
contemporânea. A obra oferece a descoberta de contrapontos específicos de
linguagens artísticas e culturais, a partir de uma reflexão sobre gêneros e
estéticas. A obra em questão é uma referência singular pela articulação de
elementos estéticos também singulares: a essência da Dança Folclórica, do
Nordeste Brasileiro, e um tipo de escritura contemporânea. Por meio de
procedimentos poéticos, o tema delineia a corporalidade do bailarino cadeirante
em consonância ao andante. Assim, a obra expressa a materialização da
sensibilidade de diferentes culturas e danças. Essência revelada a partir dos
movimentos dos intérpretes, que aliam diferentes linguagens artísticas aos
códigos da dança tradicional e contemporânea, estabelecendo diálogo e
encontrando êxito na criação artística.
Ficha técnica
Direção
Artística: Gerard Laffuste
Coreógrafos:
Carine Pinheiro e Gerard Laffuste
Elenco:
Anete Cruz, Cabral, Rocha, Naldo, Edith Méric e Carine Pinheiro
Iluminação:
Gerard Laffuste
Músicas:
Giberto Gil, Milton Nascimento, Olodum, Yann Tiersen, Hermeto Pascoal, Baden
Powell, Moacir Santos, João Nabuco e outras instrumentais
Figurino:
Anete e Carine
Produção:
Cia. Rodas no Salão
Raimundos
De: Bruno de Jesus
Origem: Salvador
“E
como povo negro que sempre saudamos e celebramos, Atotô!”, Fernando Gonzaga. O
espetáculo “Raimundos” é uma celebração aos 50 anos de carreira do precursor da
dança afro-brasileira na Bahia, Raimundo Bispo dos Santos, Mestre King. A obra
parte da pesquisa sobre a diversidade no contexto cultural afro-brasileiro. As
coreografias exploram ideias de elementos de matriz africana como a simbologia
de orixás, religiosidade e aspectos da puxada de rede e samba de roda que
configuram a dramaturgia do espetáculo, destacando o corpo como sagrado e o
corpo como festividade num olhar contemporâneo. Partindo desses aspectos, a
pesquisa de movimento propõe ressignificações dos temas na composição
coreográfica, num diálogo entre dois bailarinos negros.
Ficha técnica
Coreografia
e Concepção: Bruno de Jesus
Bailarinos:
Anderson Rodrigo, Bruno de Jesus e Leonardo Muniz
Concepção
musical do solo Sala do Couro: José Maia
Violoncelo:
Filipe Massumi
Berimbau:
Fabricio Rocha
Poema
“Preto que Dança”: Fernando Gonzaga
Voz:
Fabio Santana
Iluminação:
Anderson Rodrigo
Produção:
Inah Irenam
Agradecimentos:
Mestre King, Augusto Omolú (in memoriam), Lucinete Araújo, Jorge Silva, Escola
de Dança da FUNCEB, Escola de Dança da UFBA, Meres Antônia, Marita de Jesus,
João Lima, ExperimentandoNUS Cia. de Dança, Dialética Sonora e a todos
colaboradores
De: João Perene
Origem: Salvador
A
obra aponta para uma questão bem simples: a fácil maneira de se defender com
uma dureza apenas aparente. A omissão, a não-verbalização, o que está
implícito, existindo submerso aparentemente invisível, mas norteando todos os
deslizamentos e acomodação do território emocional. Como palavras que não foram
ditas, que consequentemente, nesta zona de autodefesa, acabam encadeando uma
“superposição”, deixando rastros do passado interferirem no presente. Como estética,
busca-se uma dança de riscos, sensações e imagens, descartando-se técnicas
prontas. Os intérpretes provocam-se constantemente, fazendo surgir a
cumplicidade, não se revelando enquanto gênero.
O
espetáculo foi concebido para o lançamento do saudoso Ateliê de Coreógrafos
Brasileiros em 2002, projeto baiano que reunia em Salvador criadores de várias
partes do país e que acabou sendo responsável pelo agrupamento de artistas que
logo veio dar origem à criação da Cia. João Perene Núcleo de Investigação
Coreográfica (2004). Em 2012, a obra foi revisitada e contou, nesta segunda
versão, com a participação de jovens bailarinos, alunos da Escola de Dança da
FUNCEB, escolhidos através de uma audição, para o encerramento do projeto de
manutenção da companhia.
Direção
e Coreografia: João Perene
Elenco:
Marcley Oliveira, Marcio Fidelis, Ramon Moura e Neemias Santana
Projeto
de Luz: Gerard Laffuste
Música:
Armand Amar, Einstürzende Neubauten
Figurino:
João Perene
Foto:
Patrícia Carmo
De: Dejalmir Melo
Origem: Salvador
Espetáculo
de dança contemporânea que apresenta uma coreografia baseada nas
características do homem contemporâneo: egoísta, usurpador e estudioso do seu
próprio comportamento. Traz em cena dois personagens que se encontram num caos
absoluto. Roupas jogadas pelo chão e a presença de tijolos no cenário ajudam os
personagens a comporem uma história que fala de tolerância e sobre um dos
principais conflitos humanos: a necessidade e dificuldade de conviver e se
relacionar entre si. Diante dessa esfera social contemporânea, onde cada vez
mais refletimos e agimos de acordo com “nosso próprio umbigo”, o espetáculo vai
abordando minuciosamente e através do corpo a ideia de que o que entendemos de
determinada situação nem sempre é compartilhada pelo outro. Essa dicotomia
entre o ser ativo demais e o ser passivo é dramatizada pelos dois personagens,
de forma que a interpretação alcança o patamar de intersecção desses dois
extremos de expressividade abordada e explorada na apresentação.
Ficha técnica
Coreógrafo
e Bailarino: Dejalmir Melo
Bailarino:
Douglas Gibran
Iluminador:
Pedro Benevides
Produtora:
Juliana Freire
TRABALHOS EM PROCESSO DE CRIAÇÃO
70 porcento (ou Studying Water)
De:
Neemias Santana
Origem:
Salvador
Em
1928, Doris Humphrey coreografou “Water Study”, uma de suas obras mais
importantes, levando ao palco uma série de cânones minimalistas executados no
silêncio, fazendo referência direta à plasticidade da água e do mar.
“70porcento (ou Studying Water)” se propõe à criação de uma curta série em
cânones de traduções inspiradas na obra “Water Study” de Humphrey; onde a
coreografia original vira vídeo e o vídeo vira nova coreografia, e segue
alternando. A obra inicial vai se desdobrando em outras, tendo como elementos
de base a própria estrutura canônica, a linha curva, os níveis de fluência e as
possibilidades plásticas e sensoriais da água.
Concepção
e Direção Geral: Neemias Santana
Direção
de Vídeo e Design de Luz: João Rafael Neto
Design
de Mídia e Interatividade: Jk Santos
Performers:
Neemias Santana e Ramon Moura
Produção:
Inah Irenam
Coprodução:
EVOÉTECH
Profissional
Acompanhante: Clara F. Trigo
Fotos:
Filipe Ratz
Agradecimentos:
Espaço Xisto Bahia, Escola de Dança da UFBA, EVOÉTECH e as pessoas que
estiveram diretamente envolvidas com o início desse processo: David Iannitelli,
Andréia Oliveira, Beth Grebler, Carolina Frinhani, Ludmila Pimentel, Roberto
Basílio e à turma de Laboratório de Criação de 2010.2, da Escola de Dança da
UFBA.
A Coisa ou a Pessoa
De:
Melissa Figueiredo
Origem:
Salvador
–
Toque nela com cuidado, senão ela foge.
–
A coisa ou a pessoa?
–
As duas.
Ficha técnica
Direção
e Intérprete: Melissa Figueiredo
Intérprete-criadores:
Neemias Santanda e Leonardo Muniz
Orientador:
Dejalmir Melo
Iluminador:
João Rafael
De:
Clara F. Trigo
Origem:
Salvador
Ficha técnica
Cena:
Clara F. Trigo
Interlocução:
Duda dos Anjos
Outros
profissionais serão aproximados ao processo à medida em que o próprio trabalho
demande diferentes capacidades
Still
De:
Sandra Corradini
Origem:
Salvador
Parte
de uma coleção de naturezas-mortas pictóricas, literárias, videográficas e
cinematográficas e evoca o gênero Still Life, tradicional das artes visuais,
inspirando-se em obras de artistas como Cézanne, Pagu, Taylor-Wood e Kurosawa,
para misturar no corpo que dança palavras, sons, imagens, frutas, cheiros,
sabores e sensações e(m) movimentos. Investiga o paradoxo vida-morte, pondo em
evidência o desaparecimento do corpo que dança, que transita entre movimento e
imobilidade, implodindo dualidades. Provoca a reflexão sobre a aceleração dos
fluxos sensoriais na atualidade e o senso de urgência do homem contemporâneo na
vivência de seus processos mais íntimos, pessoais e interpessoais.
Ficha técnica
Concepção
e Atuação: Sandra Corradini
Trilha
Sonora: Felipe André Florentino
Artista
Visual: Rosa Bunchaft
Colaboração:
Paula Carneiro Dias